sexta-feira, 1 de abril de 2011

30 ANOS, BARRAGEM AGUIEIRA

O rio Mondego nasce nas encostas da Serra Estrela, tendo como principais afluentes o rio Dão, Ceira e Alva formando assim a maior bacia hidrográfica exclusivamente nacional.
Desde há longos tempos que se tenta tirar o melhor aproveitamento e no minimizar dos efeitos nefastos a quando das cheias, do rio Mondego mas só no século XX se torna uma verdadeira necessidade e também realidade.
Durante o século XX varias instituições foram criadas para a defesa e melhoramento dos campos abrangidos pela sua bacia e desde logo chegaram a conclusão que a única solução para a resolução do problema residia na criação de grandes albufeiras que regulassem os caudais.
Em 1940 Trigo Morais apontava então para a criação de 4 albufeiras na bacia hidrográfica do Mondego, uma em Góis( Rio Ceira), uma nas Fronhas (Rio Alva), uma na Sra. da Ribeira ( Rio Mondego), e uma na Foz Dão (Rio Dão).
No entanto vários projectos foram passando e nunca nada avançou concretamente.
Uma das primeiras empresas a fazer estudos no Mondego foi a Companhia Eléctrica da Beira (CEB),  que entre 1940 e 1960 fez vários estudos, e em que previam a construção de varias barragens, sendo elas as de Asse Dasse, Girabolhos, Ervedal, Caneiro-Dão,  e Raiva. Neste estudo não se previa a Barragem da Aguieira dado que tinha inúmeros contras, segundo a CEB, tanto a nível de ordem social, geológicos, de segurança e de custos.  
Em 1969 com a fusão de varias concessionarias da rede primária e dando origem a Companhia Portuguesa de Electricidade terminou então o problema do Mondego, apresentando desde logo um plano para o aproveitamento do Mondego, sendo o mesmo aprovado em 1971 e o qual previa a construção da Barragem da Aguieira e da Raiva as quais tem inicio de construção em meados de 1972.
A Barragem da Aguieira tinha previsto um custo total de 2 milhões de contos, que seriam repartidos entre o Estado e Companhia Portuguesa de Electricidade. A área da bacia seria da ordem dos 3100 Km2 e sendo de 410 milhões de m3 a capacidade total da albufeira.
Em 1973 o ministro das obras públicas Eng. Rui Sanches, adjudicou por 473.200 contos a empreitada de construção civil da barragem da Aguieira, tendo já anteriormente sido entregues as empreitadas relativas a estradas de acesso, instalação do estaleiro, galeria de derivação tendo um custo de 70.000 contos. Por esta altura já os custos apontavam para 2 milhões e 300 mil contos incluindo também as expropriações, indemnizações e restabelecimento de comunicações.
Em 1975 e com a nacionalização do sector eléctrico e a constituição no ano seguinte da EDP, faz com que os trabalhos passassem a ser assegurados por esta empresa.
As obras de construção civil e de instalação e montagem de equipamento na barragem da Aguieira estão prontas em 1981 o que permitiu que a mesma entrasse em funcionamento em 1 de Outubro de 1981.
Com a construção da Barragem da Aguieira varias aldeias foram submersas destacando-se a Breda e a Foz Dão. Mas sobre estas aldeias falaremos num próximo artigo.



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