segunda-feira, 18 de abril de 2011

PASSEIO DIA DA CRIANÇA


A  Junta de Freguesia de Travanca do Mondego, vai no próximo dia 28 de Maio realizar um passeio ao Park Zoo S. Inácio em Vila Nova de Gaia, oferecendo ás crianças ate 12 anos o transporte e os bilhetes de entrada no Park Zoo.
Encontram-se abertas as inscrições até ao dia 15 de Maio na Junta de Freguesia para todos que queriam participar neste passeio.
Travanca em Movimento acha uma excelente ideia a abertura das inscrições a todos aqueles que queiram participar, e será sem duvida um dia de excelente convivência entre adultos e crianças, e que proporcionará aos mais novos e também aos mais velhos uma oportunidade única para ver alguns animais e ter um dia em contacto com a natureza. 

terça-feira, 12 de abril de 2011

5 ANOS DE ASSOCIATIVISMO

Durante 5 anos fui secretário da direcção da Associação Recreativa e Cultural de Travanca do Mondego, sempre liderada pelo Álvaro Ferreira, foram sem duvida 5 anos que jamais esquecerei e que muitas coisas me ensinaram e muitos amigos me trouxeram.
Vou aqui partilhar um pouco dessa experiência, e tentar mostrar o valor que tem os milhares ou mesmo milhões de pessoas que trabalham em prol do associativismo sem ganharem nada em troca.
Durante estes 5 anos muitas historias se contaram muitos sonhos se realizaram, tudo fruto de trabalho, organização, mas sem duvida que o momento de maior realização foi a inauguração de um novo piso no recinto desportivo e que deu mais vida a esta associação e que facilitou em muito o trabalho que até então se tinha no velho pelado, mas não pensem que fazer aquele piso foi fácil, pois para uma associação como a de Travanca em que os fundos não são muitos e as receitas também não, muito trabalho teve que ser feito e muitos apoios tiveram que se procurar para que aquilo que era um sonho e que a certa altura parecia mais uma miragem se tornasse realidade, sem duvida que neste campo o Presidente Alvaro Ferreira fez com que todos acreditássemos que era possível e levou-nos a bom porto.
Mas estes 5 anos não se resumiram a fazer um piso, pois muitas mais obras foram realizadas, mas para que elas fossem realizadas, tivemos que dinamizar mais as actividades e retirar delas os melhores dividendos possíveis, e nesse campo não posso deixar de falar do Torneio Primavera e das Marchas Populares que são imagens de marca desta terra, e também é em torno delas que se reúne mais gente e onde se trabalha mais para o desenvolvimento e reconhecimento da nossa terra.
Mas falemos um pouco do que são estas duas actividades e como se chega ao resultado final sempre na procura do sucesso das mesmas.
Para realizar uma actividade como as marchas não se pense que é fácil pois necessita-se de um grande apoio por parte de todos, e sendo necessário reunir um excelente grupo de trabalho. As marchas  começam a ser pensadas em Janeiro, e desde logo se começa a trabalhar, pois é necessário escolher um tema, construir arcos, fazer roupas, organizar transportes para as saídas, organizar o nosso próprio espectáculo, onde é necessário arranjar marchas para participar, contratar ensaiador e banda etc.
As marchas são sem duvida uma grande marca e que leva o nome de Travanca do Mondego para além do concelho e até do distrito.
O torneio Primavera é também uma actividade que dá imenso trabalho organizativo, e em que inicialmente se tem que definir estratégicas para o mesmo, pois é uma actividade longa que normalmente começa no princípio de Abril e finaliza no final de Junho, e a qual ocupa muito tempo a quem está na direcção.
Mas antes da actividade começar muito trabalho é feito sendo necessário, fazer e distribuir cartazes publicitários do Torneio, regulamentos, fichas de inscrição, definição de prémios, contratar árbitros, contactar equipas que tenham já participado, efectuar prospecção de novas equipas, organizar sorteio, definir datas e jogos, fazer equipas de bar. Durante todo o torneio é também necessário estar-se sempre atento as necessidades das equipas, e que as mesmas se sintam bem e que tenham sempre vontade de mais tarde voltar, assim como receber bem todos os adeptos e sócios para que todos os domingos regressem ao campo do Areal.
Mas a associação não se resumiu durante estes 5 anos só a estas duas actividades pois existiram mais muitas mais como por exemplo Torneio de sueca, visionamento de jogos de futebol, comemoração do aniversário, matanças de porco, rally-papers, torneio de malha, convívios, cantar dos reis etc…
Ser membro de uma direcção e ao contrário do que muitos pensam, não é uma brincadeira, mas sim uma grande responsabilidade para com os sócios e para com o povo e que obriga cada um que lá passa a abdicar da família, dos amigos, e dos tempos livres.
É sempre gratificante trabalhar em prol de uma comunidade e ver no final de todo o trabalho o reconhecimento do mesmo, e termos orgulho de fazer o que fizemos.
O objectivo de uma associação é reunir pessoas, faze-las conviver, criar distracções, fazer amizades, fortalecer laços, sermos muitos e um só.
Não posso deixar de aproveitar para agradecer a todos os que colaboraram comigo e com as varias direcções durante estes 5 anos, e que nunca esqueçam a associação não é de um grupo de pessoas é de todos e deve sempre trabalhar para todos e com todos, e quem dirige deve ter sempre a noção que a associação e para fazer amizades e não inimizades, e todos somos precisos.

FERNANDO ROSAS

quarta-feira, 6 de abril de 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

TORNEIO PRIMAVERA

O torneio Primavera que se iniciará no próximo domingo  dia 10 de Abril e que já conta com mais de 25 edições é sem duvida uma das maiores imagens de marca da história recente de Travanca do Mondego e da Associação Recreativa e Cultural de Travanca do Mondego.
O Torneio Primavera contou com varias fases, inicialmente como um torneio de futebol 11 de seguida passou a futebol 5 tendo evoluído a posterior para o futsal.
Mas contemos um pouco da história deste torneio que a merece e que muita gente tem trazido a Travanca do Mondego.
Tudo se iniciou na Primavera de 1984, tendo o 1º torneio contado com a presença de 4 equipas Travanca Mondego, Gondelim, S Paio e Laborins.
Na altura aquando da realização deste 1º Torneio tudo não passava de uma brincadeira e acredito que os fundadores deste torneio nunca pensaram na real dimensão que ele tem hoje, a ideia seria mais juntar um grupo de amigos e divertirem-se.
Durante alguns anos o torneio realizou-se no formato de futebol 11 e naquele campo do Areal nada existia tudo muito diferente do que é hoje, ainda me lembro mesmo sendo novo de haver um pequeno bar feito em madeira e onde não existia luz nem arcas nem frigoríficos nem nada, simplesmente a carolice de cada um para ter as bebidas ao fresco em casa e fazerem gelo com fartura para depois as manterem frescas, e os balneários do melhor, numa escavação no meio da mata (ainda hoje lá se encontra).

Naqueles tempos e até a um passado muito recente o campo do areal passou por varias modificações, tendo sido inicialmente pura e simplesmente um campo de futebol, passando depois a ter uns balneários e hoje sendo um complexo desportivo tendo excelentes condições para a prática desportiva.

O máximo de equipas que este Torneio teve foram 22, ano em que Travanca era representado por 3 equipas os Iniciados ARCTM, os Esperanças e a ARCTM.
O torneio Primavera criou muitos amigos, para a associação e para Travanca, existem pessoas que já não passam sem vir ao Torneio Primavera.
Ao longo de todo este historial o torneio evoluiu muito talvez por isso ainda se mantenha vivo e bem vivo, e esperemos que assim continue pois é bom para a divulgação de Travanca e também para termos uma Travanca com movimento.
Muitas equipas por cá passaram, muitos jogadores, e até já pais cá passaram e agora jogam os filhos e quem sabe se até netos cá não virão ou já jogam cá.
Para que um torneio desta dimensão se mantenha durante tantos anos, não nos podemos esquecer que se deve a dedicação de muitos que por lá tem passado e não só direcções nem sócios, deve-se também a todos os travanquenses que de uma forma ou outra tem contribuído para este sucesso.
Deixo vos um vídeo dos 25 anos deste torneio, e não posso  deixar de destacar um dos golos mais bonitos marcados nestes torneios de um jogador que também já conta com muitas presenças neste torneio  de seu nome Ricardo Nuno Oliveira, da Ponte.



sexta-feira, 1 de abril de 2011

30 ANOS, BARRAGEM AGUIEIRA

O rio Mondego nasce nas encostas da Serra Estrela, tendo como principais afluentes o rio Dão, Ceira e Alva formando assim a maior bacia hidrográfica exclusivamente nacional.
Desde há longos tempos que se tenta tirar o melhor aproveitamento e no minimizar dos efeitos nefastos a quando das cheias, do rio Mondego mas só no século XX se torna uma verdadeira necessidade e também realidade.
Durante o século XX varias instituições foram criadas para a defesa e melhoramento dos campos abrangidos pela sua bacia e desde logo chegaram a conclusão que a única solução para a resolução do problema residia na criação de grandes albufeiras que regulassem os caudais.
Em 1940 Trigo Morais apontava então para a criação de 4 albufeiras na bacia hidrográfica do Mondego, uma em Góis( Rio Ceira), uma nas Fronhas (Rio Alva), uma na Sra. da Ribeira ( Rio Mondego), e uma na Foz Dão (Rio Dão).
No entanto vários projectos foram passando e nunca nada avançou concretamente.
Uma das primeiras empresas a fazer estudos no Mondego foi a Companhia Eléctrica da Beira (CEB),  que entre 1940 e 1960 fez vários estudos, e em que previam a construção de varias barragens, sendo elas as de Asse Dasse, Girabolhos, Ervedal, Caneiro-Dão,  e Raiva. Neste estudo não se previa a Barragem da Aguieira dado que tinha inúmeros contras, segundo a CEB, tanto a nível de ordem social, geológicos, de segurança e de custos.  
Em 1969 com a fusão de varias concessionarias da rede primária e dando origem a Companhia Portuguesa de Electricidade terminou então o problema do Mondego, apresentando desde logo um plano para o aproveitamento do Mondego, sendo o mesmo aprovado em 1971 e o qual previa a construção da Barragem da Aguieira e da Raiva as quais tem inicio de construção em meados de 1972.
A Barragem da Aguieira tinha previsto um custo total de 2 milhões de contos, que seriam repartidos entre o Estado e Companhia Portuguesa de Electricidade. A área da bacia seria da ordem dos 3100 Km2 e sendo de 410 milhões de m3 a capacidade total da albufeira.
Em 1973 o ministro das obras públicas Eng. Rui Sanches, adjudicou por 473.200 contos a empreitada de construção civil da barragem da Aguieira, tendo já anteriormente sido entregues as empreitadas relativas a estradas de acesso, instalação do estaleiro, galeria de derivação tendo um custo de 70.000 contos. Por esta altura já os custos apontavam para 2 milhões e 300 mil contos incluindo também as expropriações, indemnizações e restabelecimento de comunicações.
Em 1975 e com a nacionalização do sector eléctrico e a constituição no ano seguinte da EDP, faz com que os trabalhos passassem a ser assegurados por esta empresa.
As obras de construção civil e de instalação e montagem de equipamento na barragem da Aguieira estão prontas em 1981 o que permitiu que a mesma entrasse em funcionamento em 1 de Outubro de 1981.
Com a construção da Barragem da Aguieira varias aldeias foram submersas destacando-se a Breda e a Foz Dão. Mas sobre estas aldeias falaremos num próximo artigo.